quinta-feira, 8 de janeiro de 2009





















Conversa Franca
(Mãe e Filho)
F- Ok, vamos ter uma conversa franca.

F- Número um: por que você não quer me deixar ir?
M- Como é que é?
F- Número dois...
M- Número um: você não! A senhora! Eu sou sua mãe!

M- Número dois: se a sua questão número dois for algo que me desrespeita, meto-lhe a mão na cara! - Questão número dois: anulada.

F- Poxa, mãe... A senhora bem que poderia deixar eu ir ao show.
M- Não hoje.
F- Mas por quê? Só vai crente, vai ter Oficina G3, Audi - Sete e Resgate, pô, mãe, Resgate nunca toca aqui... Deixa, vai?
M- Já disse, hoje não.
F- Então me diz por que!
(um olhar atravessado de mãe)

F- Por favor...
(um olhar de cachorro molhado de filho)

M- Porque hoje tem culto em nossa igreja.
F- Ah, fala sério, mãe! Não faz mal matar um dia de culto.
(um suspiro e de volta a cortar legumes)

M- As suas palavras te condenam. “Matar” um culto, meu filho? Que linguajar!,Você está precisando mesmo ir para a igreja hoje
. F- (estopim) Mãe, é serio, não vou discutir com você hoje...
M- Que bom. Vá para o seu quarto e traga as meias sujas que estão debaixo de sua cama há dois dias.
F- Mãe, estou dizendo que quero uma conversa civilizada.

M- E eu já disse “que bom”.
F- Mãe pára de me tirar... Posso ter dezesseis, mas já sou adulto, psicologicamente falando.
(mãe pára o que estava fazendo, enxuga as mãos em um pano de prato e olha para o filho).

M- Tudo bem. Vamos ter uma conversa franca. Eu deixo você ir para o show.
F- BELEZA! Agora sim estamos conversando direito.
M- Afinal você já é adulto, psicologicamente falando, certo?
F- De boa...

M- E como adulto você tem suas responsabilidades, correto?
F- Pode crer...
M- Então iremos revezar as funções de casa para que eu possa ir ao retiro desse final de semana. Vai ter Cassiane, Mara Maravilha e Jota Neto. E cada um faz a sua comida, ok?
F- O que?
M- Bom você sabe como é difícil a Cassiane vir aqui, não sabe?
F- Mas a comida... Eu não sei cozinhar...
M- Vai ser muito bom pra mim. Só vai crente, vou cantar pular, adorar e descansar um pouco dessa rotina.
F- Vou acabar queimando a comida, desperdiçando...
M- Afinal, posso ter quarenta e cinco, mas tenho a energia de um adolescente.
Psicologicamente falando, claro.
F- E o arroz? Vai ficar uma papa! Ninguém vai comer. A senhora não iria se zangar?
M- De boa...
F- Mas iria me fazer comer tudo, não é?
M- Pode crer...
F- Poxa, mãe...Isso não vai dar certo. Eu estou em fase de crescimento, preciso comer muito e se eu fizer comida ruim eu não vou comer e seu não comer eu vou passar mal.
F- Pára de me tirar...

M-Só estou conversando abertamente, como adultos conversam, e propondo uma troca de responsabilidades e regalias. Negócio fechado?
F- Sabe, ultimamente música alta tem me dado uma dor de cabeça...



Ministério da Fé DF

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